Ler um livro, é um privilégio em um país onde existem 11 milhões de analfabetos, pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples.

Alguns indicadores mostram que o analfabetismo está mais presente entre os idosos e na população preta ou parda. O nordeste é a região com maior índice de analfabetismo chegando à 13,9% em relação a região sul e sudeste que a taxa de analfabetismo é de 3,3%. Existem vários fatores que levam ao analfabetismo, no entanto as dificuldades de quem não consegui ler e escrever traz consequências econômicas e psicológicas para toda a vida.

A senhora Marlene Hinckel, com 63 anos, teve a chance de conhecer as letras e entendê-las somente depois de idosa. Segundo ela, o analfabetismo lhe trouxe muitas tristezas e uma vida de dependência e insegurança. 

A idosa relata a dificuldade de realizar atividades do cotidiano como fazer compras, pegar ônibus, encontrar endereço, entender receita médica, auxiliar os filhos em idade escolar, entre outros.

Existem milhares de idosos que como a senhora Marlene que aguardam ansiosamente pela oportunidade de não fazer mais parte do grupo de analfabetos do país e no dia mundial do livro poder comemorar lendo quem sabe um livro de história, de contos, poesia, romance...... 

Afinal, ler um livro é um privilégio!

 Karina Hinckel Albino

GERENTE DE ENFERMAGEM